PESQUISA REVELA SEMELHANÇA ENTRE LUA DE SATURNO E A TERRA


Pesquisadores usam dados enviados pela sonda Cassini para comprovar que a formação de nuvens no satélite de Saturno obedece a modelos climáticos de circulação.

Um estudo publicado na edição desta quinta-feira (4/6) da revista Nature revelou que assim como a Terra, os padrões da cobertura global de núvens em Titã obedecem a modelos climáticos. O estudo é também o primeiro a oferecer evidência observacional da interação entre marés em Saturno e a atmosfera no satélite. Titã é maior que o planeta Mercúrio e é a segunda lua do Sistema Solar, depois de Ganimedes, em Júpiter. Além disso tem quase o mesmo tamanho da lua terrestre.


O planeta Saturno possue mais de 60 satélites (luas), sendo que apenas quatro são observáveis através telescópios menores: Titã,o maior e primeiro a ser descoberto, Tétis, Dione e Réia. Sendo Titã a única lua no Sistema Solar a ter uma atmosfera densa, com pressão maior do que a terrestre, foi o único objeto além da Terra no qual foram encontradas evidências da existência de corpos de água. Antes da missão Cassini, parceria entre as agências espaciais norte-americana (Nasa), europeia (ESA) e italiana (ASI) que desde 2004 investiga Saturno e suas luas, pouco se sabia sobre a lua de Saturno.


Segundo a Agência FAPESP “as nuvens em Titã são resultado da condensação de metano e de etano. A pesquisa usou dados de 39 meses de sobrevoos pelo satélite, entre 2004 e 2007, e verificou que as nuvens estão presentes particularmente no hemisfério Sul, que corresponde ao verão. A partir de modelos de circulação, os pesquisadores estimaram que a distribuição das nuvens deve mudar com as estações, em uma escala de tempo de 15 anos terrestres. Até agora, os modelos eram muito limitados e as previsões de longo prazo não puderam ser verificadas por meio de observações.”


Mais informações sobre a missão Cassine

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