Nasa descobre planetas gigantes fora do Sistema Solar


Quatro dos cinco planetas são maiores do que Jupiter

O telescópio Kepler, da Nasa, detectou pela primeira vez desde que entrou em operação cinco planetas fora do nosso Sistema Solar. O tamanho dos planetas varia de um raio quatro vezes maior do que o da Terra até planetas muito maiores do que Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar.

O telescópio, que foi lançado no ano passado para procurar planetas com características semelhantes às da Terra, fez as descobertas poucas semanas depois de entrar em funcionamento.

A agência espacial americana afirma que as descobertas mostram que o telescópio está funcionando bem e tem alta sensibilidade.

Os novos planetas receberam os nomes Kepler 4b, 5b, 6b, 7b e 8b e foram anunciados em um encontro da Sociedade Astronômica Americana (AAS, na sigla em inglês), em Washington, a capital dos Estados Unidos.

Todos os planetas circulam muito proximamente às suas estrelas principais – seu sol – seguindo órbitas que variam ente 3.2 até 4.9 dias.

Esta proximidade e o fato de suas estrelas principais serem muito mais quentes do que o nosso sol significa que os novos planetas tem temperaturas extremamente elevadas, estimadas entre 1.200ºC e 1.650º C.


Densidade intrigante

“Os planetas encontrados são todos mais quentes do que lava derretida; eles simplesmente brilham de tão quentes”, disse Bill Borucki, o cientista da Nasa que lidera a missão do Kepler no centro de pesquisas Ames, em Moffett Field, Califórnia.

“De fato, os dois maiores são mais quentes do que ferro fundido e olhar para eles é como olhar para uma fornalha. Eles são muito brilhantes por si só e, certamente, não são lugares para procurarmos vida.”

O Kepler 7b vai intrigar muitos cientistas. Este é um dos planetas de mais baixa densidade já encontrado fora do sistema solar (cerca de 0,17 gramas por centímetro cúbico) já descoberto.

Segundo Borucki, a densidade média deste planeta é equivalente a do isopor, e os cientistas devem se deliciar em estudá-la para tentar entender sua estrutura.

O Kepler foi lançado da estação espacial de Cabo Canaveral em 6 de março do ano passado. Ele está equipado com a maior câmera já lançada ao espaço.

A missão do telescópio é observar mais de 100 mil estrelas de forma contínua e simultânea.

Ele percebe a presença de planetas ao observar variações de sombra quando um desses planetas passa em frente ao seu sol.

'Mundos de água'

Os detectores do Kepler têm sensibilidade extraordinária – segundo a Nasa, se o telescópio fosse voltado para uma pequena cidade na Terra, à noite, seria capaz de detectar a luz automática na entrada de uma casa quando alguém passa por ela.

A Nasa espera que tamanha sensibilidade leve à descoberta de planetas não apenas de tamanho semelhante ao da Terra, mas que orbitem em torno de seus sóis a uma distância mais favorável à existência de vida, onde haja também potencial existência de água em sua superfície.

Os cientistas da missão disseram no encontro da AAS que o Kepler mediu a existência de centenas de possíveis planetas, mas são necessárias mais investigações para estabelecer sua real natureza.

Os cientistas advertiram ainda que podem se passar anos até que seja confirmada a existência de planetas semelhantes à Terra, mas enquanto isso, as descobertas do Kepler vão ajudá-los a melhorar suas estatísticas sobre as distribuições dos tamanhos dos planetas e períodos de órbita.

A existência dos planetas identificados primariamente pelo telescópio Kepler foi confirmada por telescópios baseados na Terra, entre eles o Keck I, no Havaí. (Informações da BBC)

Sonda registra momento em que cometa é 'engolido' pelo Sol



Sonda SOHO já capturou mais de 1,5 mil cometas (Foto: SOHO/ESA e Nasa)

Uma sonda da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou o momento em que um cometa é "engolido" pelo Sol ao se aproximar do astro.

A sonda Observatório Solar e Helioscópico (SOHO, na sigla em inglês), que foi lançada em 1995 para estudar desde o núcleo até a superfície do sol, além do vento solar, já registrou mais de 1,5 mil cometas.

Cometas como este são conhecidos como cometas rasantes e são caracterizados por serem pequenos e por descreverem órbitas que os levam muito próximo do Sol.

Astrônomos acreditam que eles sejam fragmentos de cometas maiores que se partiram há muitos séculos.

Um representante da SOHO disse que a imagem do cometa foi conseguida através de um equipamento que bloqueia o objeto mais brilhante da imagem, gerando um efeito de "eclipse falso" que destaca o cometa da maneira como poderia ser visto a olho nu.

Nenhum dos cometas capturados pela SOHO conseguiu "sobreviver" à sua aproximação do Sol

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