A última missão do Atlantis no espaço


Ônibus espacial será retirado de serviço após retorno à Terra, em 12 dias
Vinte e cinco anos depois de sua estreia, o ônibus espacial Atlantis partiu ontem à tarde em sua 32ª e última missão no espaço, com seis astronautas a bordo. Cerca de 40 mil pessoas foram ao Kennedy Space Center, no sul da Flórida, assistir à decolagem da nave rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Minutos depois do lançamento, foram separados os dois foguetes propulsores de combustível sólido, e o ônibus espacial, montado em um enorme tanque cujos compartimentos estavam carregados com 2 milhões de litros de oxigênio e hidrogênio líquidos, entrou em órbita a cerca de 400 quilômetros da Terra. Durante a missão de 12 dias, dos quais sete o ônibus passará acoplado à ISS, será feita a transferência de mais de 12 toneladas de materiais, seis baterias para as antenas solares da estação, alimentos e experiências científicas. O módulo russo Rassvet (“Aurora”, em russo) ou MRM-1 é o maior dos elementos transportados pelo Atlantis.

A ISS, um projeto de US$ 100 bilhões que começou em 1998 e envolve 16 países, é financiado principalmente pelos EUA. Depois deste voo, só restarão dois lançamentos de ônibus espaciais americanos – o do Discovery, em meados de setembro, e do Endeavour, no fim de novembro. As três naves serão retiradas, então, de serviço pela Nasa (agência espacial americana).A decisão de aposentar os ônibus espaciais foi tomada em 2004, como parte da resposta do governo americano ao desastre com o Columbia (veja quadro). Com o fim dos ônibus espaciais, os EUA passarão a depender das naves russas Soyuz e Progress para levar seus astronautas à ISS, até que um lançador americano fique pronto para a substituição, em 2015.


CABO CANAVERAL
Conquistas e acidentes

- Esta será a 32ª viagem do Atlantis e a 132ª viagem com um ônibus espacial.

- Os Estados Unidos inauguraram as missões das naves em abril de 1981 e a Nasa (agência espacial americana) chegou a ter uma frota de cinco desses aparelhos.

- Em 1986, o ônibus espacial Challenger explodiu a poucos minutos de sua decolagem, em um acidente no qual sete astronautas morreram.

- Em 2004, o Columbia, com sete astronautas a bordo, também explodiu e se desintegrou quando voltava à Terra.

- Desde então, todas as missões são cercadas de muita atenção dos técnicos, que observam vídeos e outros sensores em busca de rupturas nos painéis térmicos que protegem a parte de baixo, a ponta e os lados das naves.
Fonte: Zero Hora

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